O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), órgão que coordena a operação de energia elétrica no país, ordenou que as operadoras brasileiras gerem folga de energia e que as linhas de transmissão trabalhem com capacidade ociosa para evitar um apagão na noite dessa sexta-feira, 19, provocado pelo pico de consumo com a exibição do capítulo final da novela Avenida Brasil, da Rede Globo.

A preocupação é que o sistema possa sofrer com uma grande sobrecarga. O Operador quer estar preparado para suportar até 76,7 mil MW, o recorde de demanda, provocado pela retomada das atividades após o folhetim, quando as pessoas abrem a geladeira, vão tomar banho, acendem as luzes dos outros cômodos da casa, passam a roupa do dia seguinte – atividades que são realizadas, normalmente, antes ou durante a atração.

Além da folga de energia, as termelétricas a óleo combustível – que custam seis vezes mais caro que a energia fornecida pelas hidrelétricas – devem ser ativadas pela primeira vez neste ano para suportar o pico de consumo. Com a medida, o fornecimento pode ficar mais caro, mas auxilia na atividade das usinas hidrelétricas, que precisam ser preservadas pela estação seca, e reforçam o trabalho das usinas termelétricas que funcionam a gás e já estão em operação.

As termelétricas a óleo combustível vão substituir 2.100 MW que estavam sendo gerados pelas usinas hidrelétricas. Apesar de representar apenas 3% do total de energia a ser distribuído, o impacto nos custos de produção ocorre por conta do preço de cada megawatt-hora, muito mais caro nas termelétricas a óleo do que nas hidrelétricas.

O efeito nas contas de luz, para os consumidores, deve aparecer no segundo semestre de 2013, quando ocorrem os reajustes das tarifas.

Com informações da Folha de S. Paulo e Globo News.