A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,72% em abril. No mês anterior, a alta havia sido de 0,63%, segundo informou nesta quinta-feira (6) a Fundação Getulio Vargas (FGV). O IGP-DI é usado como indexador de dívidas dos estados com a União.

Dos três componentes do indicador, o Índice de Preços no Atacado (IPA), que representa 60% da taxa geral, passou de 0,52% em março para 0,68% em abril. Neste grupo, o item bens finais, que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis, apresentou alta de 0,28%. No mês anterior, o resultado foi de 0,02%.

No estágio das matérias-primas brutas, a taxa avançou de 0,22%, em março, para 0,90%, em abril. A soja em grão (de -5,93% para 0,48%), o arroz em casca (de -8,68% para 1,58%) e os produtos bovinos (de 2,28% para 4,00%) registraram as maiores altas. Os produtos que ficaram mais baratos foram a laranja (de 1,62% para -18,26%), a mandioca (de 2,73% para -10,64%) e aves (de -1,50% para -3,34%).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que representa 10% do IGP-DI, teve alta de 0,84%, em abril, ante 0,75% em março. O custo da mão-de-obra focou praticamente estável (de 1,05 para 1,07%), mas o custo de materiais e equipamentos passou de 0,43% para 0,75%. A apenas as despesas com serviços apresentou baixa, com a taxa recuando de 0,67%, em março, para 0,18%, em abril.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que representa 30% do IGP-DI, foi o único que recuou, registrando taxa de variação de 0,76%, abaixo da apurada no mês de março, de 0,86%. Segundo a pesquisa o preço dos alimentos contribuíram para este resultado, pois variou de 2,6% para 1,77% de março para abril.

Flávia Villela / Agência Brasil
Edição: Tereza Barbosa