O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou na tarde desta terça-feira, 29, que o governo continuará com a política de redução do Importo sobre Produtos Industrializados, o IPI. O benefício fiscal é válido para carros, linha branca (fogão, geladeira, máquina de lavar e tanquinho) e material de construção.

Os fabricantes de automóveis, que serão beneficiados até outubro, comemoram a decisão. “Acreditamos que essa decisão do governo colabore para um crescimento de 5% neste ano, ou seja, um volume em torno de 3,6 milhões de veículos”, disse Olivier Murguet, presidente da Renault do Brasil.

Para Flávio Meneghetti, presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, Fenabrave, a prorrogação é fundamental. “Quando se vende mais carro, o governo arrecada mais mesmo com o imposto reduzido”.

A redução para a linha branca venceria nesta sexta-feira, 31. Somente para estes produtos, a renúncia fiscal é de R$ 361 milhões pelos quatro meses de prorrogação (de setembro a dezembro), segundo Mantega.

Para o fogão a redução foi de 4% para zero geladeira. Também ficou zerado o imposto para o tanquinho, que é de 10%. A geladeira teve redução de 15% para 5% e a máquina de lavar roupa de 20% para 10%.

Para produtos de material de construção, a medida fica em vigor até o fim de 2013. A renúncia fiscal em 2013, com essa medida, é estimada em R$ 1,8 bilhão. Os móveis também tiveram IPI reduzido até 31 de dezembro deste ano.

O ministro também anunciou a prorrogação do PSI (Programa de Sustentação do Investimento) do BNDES, até o final do ano, com redução dos juros (de 5,5% para 2,5% ao ano) para a compra de bens de capital e caminhões.

A decisão, segundo o ministro, foi tomada porque é necessário continuar dando estímulos à economia brasileira, mesmo que ela já esteja dando sinais de recuperação.

Com informações da Folha de S.Paulo.