O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é uma das principais fontes de financiamento no Brasil. No primeiro trimestre deste ano, segundo boletim de desempenho divulgado esta semana, a instituição desembolsou a quantia de R$ 18,1 bilhões de janeiro a março.

A maior parte dos recursos foi para projetos do setor de infraestrutura, que receberam R$ 5,7 bilhões, ou 32% do total desembolsado. Depois, vem os setores da indústria, com R$ 5,4 bilhões (participação de 30%), comércio e serviços (R$ 3,7 bilhões) e agropecuária (R$ 3,1 bilhões).

Considerando o porte das empresas que receberam os recursos da estatal, micro, pequenas e médias (MPMEs) tiveram participação relevante no desempenho, recebendo R$ 7 bilhões, ou 39%, dos recursos liberados no período. Às micro empresas, isoladamente, o BNDES destinou R$ 3,7 bilhões, representando 21% dos desembolsos totais.

Aos projetos da chamada Economia Verde (eficiência energética, energias renováveis, gestão de água, melhorias agrícolas, adaptação a mudanças climáticas, reflorestamento, entre outros) o BNDES desembolsou R$ 3,5 bilhões no primeiro trimestre deste ano.

Comparando com o mesmo período de 2015, os desembolsos recuaram 46%. As consultas por novos financiamentos, no total de R$ 23,5 bilhões, foram 7% menores, indicando desaceleração no ritmo de queda. O mesmo comportamento foi observado nos enquadramentos (fase posterior à consulta), que somaram R$ 22,7 bilhões e recuaram 4% na comparação trimestral.

A consulta é a primeira etapa de um pedido de financiamento no BNDES, quando são analisadas informações básicas sobre a empresa e o projeto. Em seguida, vem o enquadramento, quando é feita a análise de crédito e do mérito do pedido. A aprovação é a decisão final da Diretoria, baseada na análise técnica das áreas do Banco. Uma vez aprovadas, as operações são contratadas, quando têm início os desembolsos.