greve dos bancários

Assim como já aconteceu no ano passado, inicia nesta terça-feira, 6, a greve dos bancários, envolvendo trabalhadores de instituições públicas e privadas de todo o Brasil. A categoria reivindica um ajuste salarial de 5% e a reposição de 9,57% da inflação, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf).

A proposta apresentada pelos bancos e rejeitada pela categoria oferece reajuste de 6,5% no salário e em benfícios como auxílio-refeição, auxílio-creche e vale-alimentação, além de abono de R$ 3 mil. “A oferta não cobre, sequer, a inflação do período, projetada em 9,57% para agosto deste ano, e representa perdas de 2,8% para os bancários”, alega a entidade em nota.

As negociações, segundo a Contraf, começaram no dia 9 de agosto com a entrega das pautas de reivindicações. Desde então ocorreram cinco rodadas. Além do reajuste do salário, os bancários pedem valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24 em junho), Participação dos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 8.317,90, combate às metas abusivas, ao assédio moral e sexual, fim da terceirização, mais segurança, melhores condições de trabalho e defesa do emprego.

A última greve dos bancários ocorreu em outubro do ano passado e durou 21 dias. Na época, a categoria conseguiu um reajuste de 10%, com aumento real de 0,11%.

O que os consumidores podem fazer durante a greve dos bancários?

De acordo com o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, primeiro, o cliente deve se informar se a agência bancária que utiliza aderiu à paralisação – em geral, algumas agências continuam operando, ainda que parcialmente. Se estiver participando, a orientação é entrar em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da instituição e perguntar se há outra agência próxima operando.

Ainda segundo o Idec, o consumidor pode também realizar o pagamento de suas contas por telefone, internet ou nos caixas eletrônicos. “É importante solicitar e guardar comprovantes de pagamento”, alerta a entidade. No caso da internet, o comprovante pode ser impresso ou salvo no computador/ celular. Pelo telefone, o consumidor deve anotar o número do protocolo.

É válido lembrar que contas de serviços públicos como água, luz e telefone também podem ser pagas em casas lotéricas e em estabelecimentos conveniados, como alguns supermercados.

Caso nenhuma dessas alternativas seja viável, entre em contato com o fornecedor perguntando se existem outras maneiras de pagar a conta ou até mesmo se a data de vencimento não pode ser prolongada. Se o pagamento for realizado diretamente com a empresa, ou em outro local, não se esqueça de solicitar um recibo.

É importante lembrar também que é responsabilidade do fornecedor oferecer meios alternativos para que o consumidor realize o pagamento, pois isso faz parte do exercício da atividade comercial. Caso não disponibilize, não poderá impor ao consumidor qualquer penalidade pelo atraso no pagamento relacionado com a greve dos bancários.

Multa e juros

Como a greve dos bancários não é de responsabilidade do fornecedor nem do consumidor, não podem ser impostas penalidades, como multa e juros, no caso de atraso no pagamento. Independentemente disso, o Idec recomenda que consumidor se programe para realizar o pagamento, de preferência antes mesmo da data de vencimento da conta.

Principais reivindicações dos bancários

Reajuste salarial: reposição da inflação (9,57%) mais 5% de aumento real.

PLR: 3 salários mais R$8.317,90.

Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).

Vale-alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo).

Vale-refeição no valor de R$880,00 ao mês.

13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês.

Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

Proposta dos bancos rejeitada pela categoria

Reajuste de 6,5% (representa perda de 2,8% para os bancários em relação à inflação de 9,57%).

Abono de R$ 3.000,00 (parcela única, não incorporado aos salários).

Piso portaria após 90 dias – R$ 1.467,17.

Piso escritório após 90 dias – R$ 2.104,55.

Piso caixa/tesouraria após 90 dias – R$ 2.842,96 (salário mais gratificação, mais outras verbas de caixa).

PLR regra básica – 90% do salário mais R$ 2.153,21, limitado a R$ 11.550,90. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 25.411,97.

PLR parcela adicional – 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 4.306,41.

Antecipação da PLR – Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva. Pagamento final até 2 de março de 2017. Regra básica – 54% do salário mais fixo de R$ 1.291,92, limitado a R$ 6.930,54 e ao teto de 12,8% do lucro líquido – o que ocorrer primeiro. Parcela adicional equivalente a 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2016, limitado a R$ 2.153,21.

Auxílio-refeição – R$ 31,57.

Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta – R$ 523,48.

Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) – R$ 420,36.

Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) – R$ 359,61.

Vale-Cultura R$ 50 (mantido até 31/12/2016, quando expira o benefício).

Gratificação de compensador de cheques – R$ 163,35.

Requalificação profissional – R$ 1.437,43.

Auxílio-funeral – R$ 964,50.

Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto – R$ 143.825,29.

Ajuda deslocamento noturno – R$ 100,67.

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