PIB

Os investimentos na economia brasileira continuam abaixo do esperado pelo governo. O indicador de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que mede o nível de investimentos no país, caiu 3% entre dezembro de 2016 e janeiro deste ano, após ajuste sazonal, segundo análises divulgadas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O índice verifica se a capacidade de produção no país está crescendo e se os empresários estão confiantes. Com a queda, o indicador se aproxima do mesmo patamar de maio de 2009.

O Ipea afirma que o aumento do investimento registrado no final de 2016, entre novembro e dezembro, de 3,9%, acabou diluído com o resultado de janeiro deste ano, deixando um carregamento estatístico negativo, ou seja, uma necessidade de crescer pelo menos 1,9% no primeiro semestre de 2017 para compensar a queda.

“Caso a FBCF apresente crescimento nulo nos meses de fevereiro e março, [o país] encerrará o primeiro trimestre do ano registrando contração de 1,9% sobre o período anterior, também na série ajustada sazonalmente”, disse o Ipea, em nota. Já na comparação de janeiro de 2017 com janeiro de 2016, a queda verificada pelo Ipea foi de 4,9%, resultando em uma perda acumulada de investimentos na economia brasileira de quase de 9% em um ano.

A retração da FBCF – que mede o quanto as empresas aumentaram seus bens de capital usados para produzir outros bens e gerar riqueza – é resultado da queda no índice de consumo aparente de máquinas e equipamentos (Came), um dos dois componentes do indicador de Formação Bruta de Capital Fixo.

O Came caiu 6,6%, depois de uma alta de 2,6%, na comparação anterior, refletindo uma queda de 6% na produção doméstica de bens em janeiro. Já o volume de importações de bens de capital, caiu 12,4%. Neste caso, o Ipea explicou que a queda se deu em função da alta de novembro e dezembro, de 10,2%. Por outro lado, o outro componente da FBCF, que mede a construção civil, cresceu 0,6% entre dezembro e janeiro.

Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil de 2016, que caiu 3,6%. Na conta, chamou atenção a queda acentuada da FBCF, que recuou pelo terceiro ano seguido. Com isso, a taxa ficou abaixo da de 2015, fechando 2016 em 16,4%, o menor nível da série histórica do IBGE desde 1996.

Agência Brasil

 

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