Pulverização da agropecuária e concentração da indústria e de serviços, estabilização dos custos industriais, aumento da intenção do consumo das famílias e medidas microeconômicas anunciadas pelo governo. Essas foram algumas das principais notícias da semana. O resumo de todas elas você pode conferir no nosso podcast desta semana.

No Brasil, até 2014, a única das três atividades econômicas que apresentava maior pulverização na produção era a agropecuária. Indústria e serviços ainda estão muito concentrados em poucas cidades e regiões. A constatação é da publicação Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios 2010-2014, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que, pela primeira vez, divulga os três principais segmentos econômicos em cada município.

Excluindo a atividade de administração pública, a agropecuária respondia por mais da metade das economias em 1.135 dos 5.570 municípios brasileiros em 2014, o que representa 20,4%. No mesmo ano, 652 municípios (11,7%) respondiam por metade do valor adicionado (VA) da agropecuária no país. O maior era em São Desidério (BA), com R$ 1,7 bilhão.

A publicação mostra ainda que a indústria ainda é bastante concentrada no Brasil, especialmente em São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Segundo o estudo, 15 municípios brasileiros concentravam cerca de 25% do valor adicionado bruto do setor e 17,5% da população brasileira. Por outro lado, 3.012 cidades respondiam por 1% do VA da indústria. São Paulo permanece como o maior polo industrial do país, respondendo por 5,6% do VA da atividade.

Em 2014, São Paulo , Rio de Janeiro e Brasília agregavam 25% do VA dos serviços, respondendo por 15,1%, 5,8% e 3,1%, respectivamente. Com 35 municípios, chegava-se à metade do VA dos serviços, sendo que 18 deles eram capitais. No mesmo ano, 2.110 municípios respondiam por 1% do VA dos serviços. A geração do VA dos serviços nas capitais totalizava 39,5% em 2014.

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