Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 20, mostra que a Argentina ultrapassou o Brasil e está em primeiro lugar. Mas essa liderança não é nada de que o país vizinho possa comemorar. Os brasileiros, por sua vez, não vão querer lamentar a segunda colocação: é que esse ranking não traz nenhum orgulho. O levantamento é sobre o peso da carga tributária na América Latina e no mundo. O Brasil, antes líder, agora figura na segunda colocação.

Em 2012, a carga tributária argentina fechou o ano em 37,3% do PIB, enquanto a brasileira foi de 36,3%. Esse resultado é superior à média da América Latina e também maior que os países ricos. Os dados são da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e mostram que, ainda que não tenha mais a maior carga tributária da região, o peso que ela exerce na economia do país continua crescente.

Na Argentina, além de uma das maiores inflações da América Latina, o forte aumento dos impostos fez a carga tributária mais que dobrar nos últimos anos. “Este crescimento é reflexo das condições macroeconômicas mais favoráveis, assim como das mudanças de desenho dos sistemas tributários e do fortalecimento das administrações tributárias”, diz o documento da OCDE.

Em contrapartida, nos países mais desenvolvidos, o movimento é inverso, diz a entidade: “A tendência vista na América Latina contrasta com a registrada nos países da OCDE, cuja proporção entre impostos e PIB tem permanecido relativamente estável, já que em 2011 estava em 34,1% do PIB, menos de um ponto porcentual acima do patamar de 1990”.

Com informações do Estado de S. Paulo.