A recessão pela qual passa o país trouxe alguns resultados negativos, como aumento no índice de desemprego e a alta da inflação. Essa realidade fez com que as famílias pensassem seus orçamentos com certa cautela e investissem em planejamento. A questão agora é como vai ficar 2016. O professor de finanças do ISAE/FGV, Carlos Alberto Ercolin, acredita que o país registrará melhora somente a partir do segundo semestre.

O professor acredita que os primeiros seis meses devem ser de muita cautela, sem muitos gastos como viagens, troca de carro, e mesmo troca de emprego. “Deve-se fazer como os americanos, que costumam dizer ‘first things, first’, ou seja, em primeiro lugar, deve-se pagar as coisas mais importantes, quais sejam: alimentação, moradia e transporte”, orienta. Ercolin.

Se o dinheiro não dá para pagar tudo, diz o professor, é importante começar pelas contas onde as multas pelo atraso são as mais altas, como cartão de crédito e a dívida no cheque especial. Um bom planejamento também ajuda. “As contas costumeiras, como aluguel, luz, e mensalidade escolar, não podem ser encaradas como imprevisto”, sugere.

A indicação é que as famílias façam um orçamento para 2016, prevendo mensalmente seus ganhos e os gastos fixos. Depois, devem considerar os gastos arbitrários (aqueles que você decide quando e quanto vai gastar, como comer fora, ida ao cinema, cabeleireiro).

Dessa forma, a sugestão e subtrair dos ganhos os gastos fixos e os arbitrários, para ver se sobra algum dinheiro. “Se a pessoa antevê algum mês em que este resultado será negativo, já pode ir se planejando e, se for o caso, pedir um empréstimo”, diz Ercolin.

Sobre investir em tempos de recessão,  é necessário fazer algumas perguntas. “Por quanto tempo posso ficar com o dinheiro guardado, ou por outro lado, quando vou precisar dele? Qual é meu apetite ao risco, ou seja, estou disposto a correr um risco maior, na expectativa de auferir um retorno maior?”, analisa o profissional.

O ano de 2016 não deve ser um ano de apostas altas, como trocar de carro ou comprar um apartamento novo, salvo se aparecer uma proposta irrecusável; pagar à vista, em qualquer ramo, seja imóvel, carro, eletrodoméstico, será a arma para um ano que será representado pela pechincha.

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