A partir dessa semana, o valor do imóvel que poderá ser comprado usando o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) está maior: de R$ 500 mil para R$ 750 mil em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal – que têm os imóveis mais caros do país, segundo o Banco Central (BC) – e R$ 650 mil para os demais estados. Outra mudança é o reajuste do valor da casa própria que pode ser financiada pelas regras do Sistema Financeiro de Habitação (SFH).

“O limite de R$ 500 mil estava vigente desde 2009. De lá para cá, a gente teve inflação. O IGP-M, por exemplo, subiu 27,84% e o IPC da Fipe avançou 23,72%. O setor de construção civil está pedindo isso há mais de dois anos, e as instituições financeiras também. Estavam falando que imóveis não se conseguem mais financiar com recursos da poupança”, afirmou o chefe-adjunto do Departamento de Normas do BC, Julio Carneiro.

Pelas novas regras, o limite de financiamento dos imóveis dentro das regras do SFH não poderá ser superior a 80% do valor de avaliação. Para financiamentos que prevejam a utilização do Sistema de Amortização Constante (SAC), no qual as parcelas são reduzidas gradativamente, esse percentual poderá atingir 90% do valor de avaliação, de acordo com o Banco Central.

Segundo Carneiro, a medida não deve gerar um “boom” no mercado imobiliário. Apesar disso, de acordo com analistas de mercado, a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) deve aquecer a procura por residências, o que pode fazer com que o preço do metro quadrado volte a subir num ritmo maior.

Com informações do portal G1.